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25/10/2021

Engenharia civil: a “porta” do desenvolvimento de um País

Na celebração pelo Dia do Engenheiro Civil, neste 25 de outubro, entrevistamos docente e discente da Uninove.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Oportunidades na Engenharia

 

Ana Clara Unitau 400Professora Ana Carla de Souza Masselli Bernardo, da Uninove: a engenharia civil participa ativamente para garantir este desenvolvimento. Crédito: Acervo pessoal.“A engenharia civil é considerada a primeira das engenharias e, no Brasil, surgiu na época do Brasil-Colônia, com as construções de fortes e igrejas. Foi neste período, por volta de 1800, que surgiram as escolas voltadas para o curso de engenharia civil. De lá até o momento, muitas modalidades de engenharia foram sendo reconhecidas, no intuito de padronizar as atividades, garantindo que somente profissionais atuem na área, mantendo o controle da segurança e da qualidade. D. Pedro I foi quem estabeleceu uma legislação para a construção das obras públicas, obras para navegação nos rios, abertura de canais, estradas, pontes e demais edificações foi atribuída aos engenheiros, com a Lei de 29 de agosto de 1828.

 

A aula sobre a modalidade é da coordenadora de cursos de pós-graduação lato sensu e de Engenharia Civil da Universidade Nove de Julho (Uninove), de São Paulo (SP), professora Ana Carla de Souza Masselli Bernardo. Ela é engenheira civil com mestrado em Materiais para Engenharia e Doutorado na área de cimento. Desde 2010, é docente professora e coordenadora do curso de engenharia civil da Uninove. “Como coordenadora, trabalho com a visão de sempre estarmos atualizados com o mercado de trabalho e juntamente com os docentes, buscamos desenvolver os conteúdos atualizados em salas de aula fazendo com que o aluno trabalhe no seu desenvolvimento acadêmico”, explica sobre sua atuação e compromisso na instituição.

 

O Brasil tem, conforme estatísticas dos conselhos federal e estaduais da categoria (Sistema Confea-Creas), cerca de 352 mil engenheiros civis em todo o território nacional com 275.546 homens e 75.783 mulheres.

 

Como a docente destaca e observa, uma sociedade somente se desenvolve se tiver infraestrutura e, desta forma, “a engenharia civil participa ativamente para garantir este desenvolvimento, proporcionando obras de acesso, aberturas de rodovias, túneis, construções industriais e comerciais, gerando empregos para inúmeras pessoas e com variados níveis de conhecimento. Além disso, a construção civil ocupa um lugar de destaque na sociedade, contribuindo com a criação das moradias, garantindo à sociedade conforto e segurança”.

 

Rogerio Magela 400Rogerio Magela, estudante de Engenharia Civil da Uninove. Crédito: Acervo pessoal.É com essa visão que o discente Rogério Magela, também coordenador-adjunto do Núcleo Jovem Engenheiro do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (NJE-SEESP), que entrou no curso da Uninove em 2011, pretende atuar na profissão. Depois de alguns percalços para se manter na faculdade, Magela fala, com orgulho, que está no nono semestre e se formará ainda neste ano de 2021. O que mais lhe chamou a atenção nos estudos e na futura profissão é o “compromisso em desenvolver soluções para problemas e contribuir para o crescimento do País atuando na concepção e execução de obras importantes em diversas áreas, desde estradas, saúde à habitação”.

 

A engenharia civil está em diversas esferas da economia de uma Nação e realmente significa “a porta do desenvolvimento”, como diz o estudante Magela. A coordenadora do curso da Uninove: “Embora a maioria dos alunos que procuram o curso imagina somente a construção de casas, a profissão vai muito além disso. Trabalhamos na área de estruturas, onde detalhamos os cálculos e definimos o tipo de estrutura ideal para as condições do projeto. Na área de geotecnia, investigamos as características do solo para então adotar a melhor técnica para estruturar a obra.”

 

A atuação do engenheiro civil é realmente bem diversificada. Bernardo descreve: “Atuamos na área de hidrotécnica, onde providenciamos e calculamos a captação de água para abastecer o empreendimento, analisamos as condições e viabilidade para a construção de barragens, canais e estações de tratamento tanto de água quanto de esgoto.”

 

Outra área em que tem o trabalho da engenharia civil é na de transportes, diz a professora: “Atuamos nos projetos de rodovias, analisamos a mobilidade urbana e buscamos manter a segurança viária para toda a sociedade.” Na indústria da construção civil, o profissional desenvolverá projetos, “buscando entender a necessidade do cliente, garantir a acessibilidade de todos e ter a preocupação de aliar o menor custo com garantia de qualidade e segurança”, defende Bernardo.

 

Atualmente, além de projeto e execução, discorre a docente, o engenheiro civil incorporou a preocupação com o menor impacto ambiental, o que exige a otimização, sem desperdícios, do uso dos recursos naturais. “Não podemos deixar de relatar a importância do engenheiro atuando como gestor no processo. Isso equivale a dizer desenvolver e gerenciar o planejamento da obra, das equipes envolvidas em cada etapa e do controle de custos, o que implica na gestão de fornecedores e na escolha dos materiais utilizados”, relaciona a professora da Uninove.

 

Estágio
Rogério Magela já fez estágio na área: “Estagiei em algumas empresas em setores diferentes que me trouxeram muito conhecimento prático e a certeza de que escolhi a profissão certa, como auxiliar de compras, de gerenciamento e de orçamentos.” Ele já assumiu, próprio dos bons profissionais, que a engenharia precisa ser exercida com total responsabilidade, "pois o nosso trabalho tem uma relação direta com a sociedade e o bem-estar das pessoas".

 

O futuro engenheiro civil se entusiasma a cada projeto que pode participar como estagiário, em locais projetados para abrigar estúdio de rádio, salas de aulas, bibliotecas e laboratórios de uma instituição de ensino, na capital paulista. “Ver o projeto na sua elaboração inicial, depois acompanhar a sua execução é uma experiência incrível”, fala Magela, com muito entusiasmo.

 

Ele descreve que todas essas oportunidades de ver, na prática, tudo o que está aprendendo na sala de aula estão ajudando-o a se constituir como um futuro profissional responsável e “está me trazendo, também, habilidades importantes na parte da comunicação, de relação interpessoal e a entender o que é uma equipe de verdade”.

 

Principais características
Como toda engenharia, o curso demanda conhecimentos de física e matemática para compreender os fenômenos e os desenvolvimentos de cálculos e teorias aplicados na área. Mas, além disso, na opinião da docente, para ser engenheiro tem que gostar de buscar soluções. “Entender que para cada cliente a solução para atender sua necessidade pode ser única e precisa ser analisada cuidadosamente para garantir a qualidade, segurança e, claro, a satisfação do cliente”, ensina. Para isso, completa, o profissional da área precisa estar sempre atualizado.

 

Nesse sentido, ela observa que as inovações e tecnologias digitais estão na ordem do dia de qualquer profissional, e não é diferente para o engenheiro civil. “Os softwares estão cada vez mais sendo empregados no canteiro de obras, visando otimizar as atividades e, com isso, proporcionando menor tempo de execução, menor desperdício e menor custo, maior segurança e preservação da saúde do trabalhador”, exalta.

 

A tendência, segundo ela, é que a construção civil se torne cada vez mais um processo produtivo padronizado, respeitando-se as características particulares de cada projeto. “Hoje já falamos do conceito de Construção 4.0 no curso de engenharia civil”, garante a professora da Uninove.

 

Rogerio Magela 2 600No estágio, o estudante da Uninove sabe que a profissão precisa ser exercida com responsabilidade. Crédito: Acervo pessoal.

 

Estrutura pedagógica
O curso de Engenharia Civil da Uninove, explica a coordenadora do curso, segue as obrigações do Ministério da Educação quanto ao ensino de Engenharia Civil no Brasil, “mas vai além quando apresenta ao aluno as novas tecnologias construtivas, as inovações tecnológicas disponíveis no mercado que possam facilitar as etapas de construção”. Por isso, garante Bernardo, o estudante da instituição tem acesso às aulas com docentes com experiência na área e pode contar com laboratórios que permitem que ele possa aprender na prática. “No intuito de proporcionar ainda melhores condições de aprendizagem, o aluno assiste às aulas em salas do futuro, onde todo o conteúdo dado pode ser explorado pelo aluno nos computadores disponíveis, proporcionando a interação de forma imediata da teoria com as tecnologias”, relaciona a professora.

 

Nosso aluno possui um grande acervo bibliográfico, disponibilizado em sua Central do aluno que ele pode acessar do seu celular em qualquer lugar e em qualquer momento. Durante a pandemia, nossos alunos não puderam permanecer nos campi por medida de prevenção e mesmo assim, para que todos pudessem acessar suas aulas e todo acervo, a instituição disponibilizou um pacote de internet.

 

Engenheiro XXI
Além do conhecimento técnico, neste mundo globalizado, é importante desenvolver habilidades específicas. No curso de Engenharia Civil da Uninove, o aluno é introduzido ao ambiente de trabalho em grupos, visando trabalhar em equipe, respeitando opiniões, trabalhando a relação humana na Engenharia. “Sempre buscamos trabalhar a ética profissional em sala de aula, pautando as responsabilidades do profissional para com a sociedade”, afirma Bernardo.

 

Magela já se prepara para essa realidade, por isso, mesmo no estágio, teve a preocupação de entender profundamente as necessidades dos clientes das empresas e combiná-las com a responsabilidade técnica e questões ambientais. “A engenharia civil trabalha com estruturas, com cálculos e pesos, não podemos fazer nada que possa colocar em risco uma construção. Na nossa área cabe apenas um profissional: o responsável”, ensina o estudante.

 

A professora
Ana Carla de Souza Masselli Bernardo é engenheira civil com mestrado em Materiais para Engenharia e Doutorado na área de cimento. Desde 2010, é professora e coordenadora do curso de engenharia civil da Uninove. Recentemente, está também na pós-graduação Lato Sensu, como cursos atualizados com as novas práticas e demandas impostas pela pandemia da Covid-19, como: Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia de Estruturas e Engenharia de Avaliações e Perícias e Gerenciamento de Obras 4.0. Como coordenadora, ela afirma que trabalha com a visão de sempre "estarmos atualizados com o mercado de trabalho e juntamente com os docentes, buscamos desenvolver os conteúdos atualizados em salas de aula fazendo com que o aluno trabalhe no seu desenvolvimento acadêmico".

Você sabia que o SEESP oferece:

I - Orientação à carreira
O SEESP mantém a área Oportunidades na Engenharia que atende estudantes e profissionais da área na parte de orientação à carreira, com diversas ações, entre elas: atendimento personalizado (serviço exclusivo para estudantes e profissionais associados ao SEESP) com análise de currículo, orientação de LinkedIn, simulação de entrevista, dicas atuais sobre processos seletivos online e presenciais, elaboração de trilha de carreira e de estudo etc. O setor mantém, ainda, plataforma de divulgação de vagas de estágio e outras oportunidades; cadastro de autônomos; conteúdos atualizados sobre mercado de trabalho; noções gerais de redação e português.  Para auxiliar estudantes e engenheiros na hora de formatação do currículo, também tem o Mapa da profissão, com informações de legislação, mercado, palavras-chave para cada modalidade da engenharia etc..

II - Associação para os estudantes
O estudante de Engenharia também pode se associar ao SEESP e usufruir de diversos benefícios, inclusive de desconto na mensalidade da faculdade, caso esta seja conveniada ao sindicato. Saiba mais aqui.
III - Núcleo Jovem Engenheiro
Foi criado um espaço bem bacana para os estudantes e recém-formados na área para discutir questões específicas. É o Núcleo Jovem Engenheiro, saiba como participar, clicando aqui.

 

Engenharia Civil – Raio-X

Objetivo – Atuar na concepção, planejamento, projeto, construção, operação e manutenção de edificações e de infraestruturas (rodovias, pontes, ferrovias, hidrovias, barragens, portos, aeroportos, entre outras). Em sua atividade, acompanha o desenvolvimento obras de edificações e infraestruturas, elabora orçamentos, garante a padronização, realiza a mensuração e o controle de qualidade. Acompanha equipes de instalação, montagem, operação, reparo e manutenção de obras. Executa desenho técnico e se responsabiliza por análise, experimentação, ensaio, divulgação e produção técnica especializada. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade técnico-econômica; executa e fiscaliza obras e serviços técnicos; efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em sua atuação, considera a ética, a segurança, a legislação e os impactos sócio-ambientais.

Carga mínimo do curso – 3600h
Integralização – 5 anos

Estágio – Obrigatório (Lei 11.788/2008)

Temas abordados na formação – Sistemas Estruturais; Materiais de Construção Civil; Projetos de: Edificações, Pontes, Rodovias, Hidrovias, Barragens, Portos e Aeroportos; Instalações Elétricas, Telefônicas, Hidráulicas e de Esgotamento Sanitário; Bioclimatismo; Conforto Térmico, Sonoro e Luminoso; Hidráulica e Hidrologia; Sistemas de Abastecimento de Água, Coleta e Tratamento de Águas e Resíduos; Políticas de Habitação; Processos de Gestão de Obras e Projetos; Geotecnia; Geologia; Topografia; Desenho Técnico; Computação Gráfica; Matemática; Física; Química; Ética e Meio Ambiente; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Relações Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS).

Ambientes de atuação – Em órgãos públicos e empresas de construção civil nas obras de infraestrutura: de barragens, de transportes e de saneamento; em empresas de construção de obras ambientais e hidráulicas; em empresas e escritórios de edificações residenciais; em empresas e laboratórios de pesquisa científica e tecnológica. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria.

Piso salarial – A engenharia, independente da modalidade, é uma profissão que tem piso salarial definido pela Lei 4.950-A/66.

Com informações da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação

 

 

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